Até parece que foi ontem que eu me peguei sendo inocente e pacífico. Olhava para a estrada sem medo e bastante confiante nas mãos que se estediam! Perdoava, dividia o meu pão com o próximo, me alegrava com o sorriso amigo! Ah, como era bom! Hoje me encontro pensativo a beira do caminho, sentado à sombra de uma árvore verificando se os punhais estão afiados e as pistolas carregadas. Conto as cicatrizes e vejo que não faz mais sentido ter medo. Afinal, toda dor valeu de algo, todas as feridas me ensinaram algo. Agora é hora de levantar, partir e esquecer o passado como criança. Odiar não é mais uma dádiva, perdoar sim. Mas queimar o que ficou pra trás é uma obrigação!
Não sinto medo, não sinto raiva, não sinto pena nem sorrio mais como uma hiena. Sorrio agora como alguém que erra, que pensa, que reflete e que sabe que chegar próximo dos 30 é ensaiar para a chegada dos 60.
O que será que me aguarda?
Não sinto medo, não sinto raiva, não sinto pena nem sorrio mais como uma hiena. Sorrio agora como alguém que erra, que pensa, que reflete e que sabe que chegar próximo dos 30 é ensaiar para a chegada dos 60.
O que será que me aguarda?
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